Razões para amar: Adriana Esteves


      Pensei em mil modos de começar esse texto, e me perdi todas as vezes, pois quanto mais eu lia e via entrevistas da Adriana, maior a minha admiração.
      Existe algo que vai além das personagens ou do brilhantismo dela como atriz. Alguma coisa impactante que faz a gente ter vontade de colocá-la num potinho de amor e protegê-la de todas as coisas ruins.
      Ela é linda, é alegre, é intensa. Raro encontrar algum vídeo em que ela não esteja com os olhinhos marejados de emoção, seja por um prêmio ou só conversando sobre algum assunto bobo. Uma profissional entregue ao trabalho e uma pessoa entregue às coisas boas da vida.
      Adriana tem alma, muita alma. Não é a toa que ela enfrentou uma forte depressão no início da carreira quando foi duramente criticada. O modo como ela demonstra sentimento, seja atuando ou sendo ela mesma, deixa claro a sua intensidade. Se um elogio tiver que ser sentido, será sentido ao extremo, assim como as críticas.
      Por isso também, ela soube fazer da Carminha uma das melhores personagens que já existiu. Se foi um presente para ela, como ela costuma dizer, também foi um presente para nós. Foi como se ela tivesse injetado todas as suas emoções nas veias de quem a assistiu. 


     Em 2011, ela foi indicada ao Emmy de melhor atriz pela personagem título de Dalva e Herivelto. E basta que você assista ao depoimento da Adriana sobre esse trabalho para entender tudo que eu acabei de dizer sobre sua intensidade humana.


     Adriana ainda demonstra ser a mais humilde das criaturinhas globais, mas o marido dela, Vladimir Brichta garante que ela tem um "ultra-­super­-hiper­-supra-ego que surge depois de umas doses, batizado de Super Outra" e que quando essa personagem aparece, eles riem e se divertem com a verdade escancarada por ela.
     Também preciso te contar dessa frase linda do Vladimir sobre o relacionamento dos dois: "Sou o que cata a poesia que ela entorna no seu dia a dia".
     Eles não são o OTP mais perfeito da vida real?


     Adriana arrasa na comédia, arrasa no drama, na loucura, na tragédia e na verdade. Talvez seja a paixão que ela sente pelo que faz que a torne tão irresistível e hipnotizante. Talvez seja sua essência combinada ao olhar penetrante. Não sei. Contento-me em assisti-la e me deixar contagiar por sua complexidade. Assim, torna-se impossível concluir as razões que temos para amá-la, pois são infinitas.
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